Moçambique vai dar mais energia ao Zimbabwe

 

Moçambique vai aumentar a quantidade e qualidade de energia que fornece ao Zimbabwe, fruto de um dos acordos assinados ontem, 04 de Abril, entre os dois países, no âmbito da visita que Emmerson Mnangagwa efectua ao país. O país vizinho quer também mais apoio para pôr fim às sanções impostas pelo ocidente no âmbito das reformas de terras.
O Presidente do Zimabwe, Emmerson Mnangagwa, chegou à Presidência moçambicana com as cores da bandeira do seu país no pescoço, mas, mais do que isso, o Estadista precisava de conversar com Filipe Nyusi. E assim foi. Tiveram um encontro à porta fechada com as suas delegações.
Das conversas, saíram acordos que foram assinados pelos ministros dos dois países das áreas de negócios estrangeiros, ciência e tecnologia, transportes e justiça. São, na verdade, instrumentos legais que deverão nortear, doravante, a cooperação de Moçambique e Zimbabwe.
Feito isso, os ministros dos Negócios Estrangeiros fizeram uma declaração à imprensa, sem espaço para perguntas. Mas, para começar, recuemos até ao ano de 2019, em que se assinou um acordo com base no qual, a Electricidade de Moçambique comprometia-se a fornecer 50MW à sua congénere ZESA. Mas Emmerson Mnangagwa pediu mais ao seu homólogo e Verónica Macamo explicou que isso surge devido “à crescente demanda por mais energia vinda de agricultura e exploração mineira”.
E essa demanda tem muito a ver com o facto de o Zimbabwe ter começado com o processo de devolução de terras aos fazendeiros, de quem o antigo e já falecido Presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe, tinha retirado no âmbito das Reformas de Terras. Isso custou ao país sanções impostas por alguns países do Ocidente. E aí surge mais uma necessidade de apoio, que, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros e Comércio Externo do Zimbabwe, Frederick Musiiwa, já está em curso, por isso mesmo “o Presidente Mnangagwa expressou a sua apreciação ao seu irmão, o Presidente Nyusi, o Governo e o povo moçambicano por continuar a apoiar e prestar solidariedade ao Zimbabwe na luta pela remoção das sanções que nos foi imposta por países do Ocidente no âmbito da Reforma Agrária”.
Contudo, o Zimbabwe também tem algo a dar a Moçambique – o apoio na candidatura a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Voltando à cooperação bilateral, os dois países partilham mais interesses, no domínio de recursos hídricos e outras áreas. “Queremos aumentar a nossa cooperação no domínio da agricultura, turismo, saúde e ensino superior”, referiu Verónica Macamo.
Os dois países passam a ter encontros anuais no âmbito da transformação, esta segunda-feira, da Comissão Mista em Comissão Binacional, chefiada pelos Presidentes dos dois países.

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