Moçambique pretende converter dívida com Rússia para financiar o desenvolvimento
Moçambique avalia a possibilidade de negociar a conversão da dívida que tem com a Rússia para financiar a implementação de projectos de desenvolvimento.
A intenção foi manifestada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, no balanço da sua visita de trabalho àquele país, onde participou na II Cimeira Rússia-África, em São Petersburgo.
Aliás, esta foi uma das matérias debatidas nas conversações bilaterais entre Moçambique e Rússia.
Sem referir-se a números, o Presidente afirma que o valor em dívida não é sufocante, mas reconhece ser significativo para a realidade da economia nacional.
Depois de avaliar de positivas as relações de amizade e cooperação entre os dois países, o Chefe do Estado explicou que caso a sugestão seja atendida a prioridade nos investimentos russos irá para os sectores da educação, saúde, agricultura, turismo e infra-estruturas estratégicas para a promoção do desenvolvimento.
A ida do Presidente à Rússia foi, igualmente, para, no encontro com o seu homólogo, Vladimir Putin, reiterar o interesse na construção e/ou modernização de infra-estruturas que poderão acelerar o crescimento económico.
Uma vez que Moçambique tem uma costa de cerca de 2700 quilómetros, com portos estabelecidos ao longo seu do eixo, a ideia é explorar a logística dos transportes, outro sector no qual a Rússia pode participar.
Nyusi disse que o Governo pensa na possibilidade de estender investimentos a projectos de abastecimento de água e construção de unidades sanitárias, no âmbito da iniciativa presidencial “Um Distrito, Um Hospital”.
Moçambique pretende, igualmente, explorar a experiência da Rússia na produção de energia hídrica e através de fontes renováveis e exploração de gás natural.
“Sugerimos à Rússia que olhe para a agricultura, no caso concreto a produção do trigo. Queremos também dinamismo no turismo e nas infra-estruturas”, disse Nyusi.
Entretanto, à sua chegada ontem ao país o Presidente recordou que antes de partir para a Rússia participou na Cimeira sobre o Desenvolvimento do Capital Humano em África na Tanzania, onde o Banco Mundial reconheceu o papel do Governo na formação académica da rapariga.
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