ENH de Moçambique deverá obter o financiamento de que necessita, EIU





A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) de Moçambique deverá obter os fundos necessários para financiar a sua participação de 15% no projecto de gás natural do bloco Área 1 da bacia do Rovuma, norte de Moçambique, segundo o mais recente relatório sobre o país da Economist Intelligence Unit (EIU).

Os relatores do documento escreveram que o projecto é sólido em termos financeiros, tem o apoio de grupos petrolíferos internacionais com créditos estabelecidos, é transparente e foi aprovado pelo parlamento de Moçambique, “pelo que a ENH não deverá ter dificuldade em angariar os fundos necessários.”

O documento recorda ter a empresa estatal adiado já por duas vezes a ida aos mercados, com o argumento de que pretende obter melhores condições, sendo que o seu presidente, Omar Mithá, anunciou recentemente um novo adiamento, desta vez para Dezembro ou mesmo Janeiro, atendendo ao período de férias natalício.

A EIU menciona a questão das dívidas ocultas para recordar ter o primeiro-ministro Carlos Agostinho do Rosário afirmado que o Governo pagaria apenas uma parte, sendo que o pagamento da parcela restante seria da responsabilidade das empresas públicas que as contraíram, casos da ProIndicus e da Mozambique Assett Management (MAM).

“A parcela a ser paga pelo Governo está ainda por definir”, pode ler-se no relatório, que menciona o intenso debate político interno sobre se Moçambique poderá ser obrigado a pagar as dívidas que receberam o aval do Estado uma vez que foram aprovadas de forma ilegítima.

O documento volta a mencionar os dois ciclones que atingiram Moçambique este ano para afirmar que, na sequência dos danos causados em infra-estruturas, edifícios, portos e campos agrícolas, a economia do país deverá crescer este ano à taxa de 1,0%, crescimento que será fundamentalmente devido aos esforços de reconstrução.

A partir de 2020 a economia moçambicana tenderá a acelerar, para uma média de 7,16% ao ano no período de 2020 a 2024, sendo que no último ano do intervalo dever’s estar a crescer à taxa de 9,9%, empurrada pelo início da exploração de depósitos de gás natural na bacia do Rovuma, o que deverá ter acontecido já em 2023 no campo Coral.

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