Celso Correia defende reforço da educação nutricional no país
O Ministro da Agricultura e Desenvolvimento
Rural, Celso Correia, defende que as soluções para o problema da desnutrição
crónica devem ser em função da realidade do país. O dirigente entende que deve
haver reforço da educação nutricional nas zonas rurais. Correia falava no dia
06 de Dezembro de 2023, na abertura da V Conferência do Agro-Negócio, Nutrição
e Indústria Alimentar.
Os níveis de desnutrição
crónica no país continuam alarmantes, em parte devido à distribuição desigual
dos alimentos e ao desconhecimento dos valores nutritivos pelas comunidades. “Temos a produção, mas às vezes as pessoas
não têm consciência do que existe. Deve-se também garantir a distribuição de
alimentos para que chegue a mais pessoas, sobretudo nas zonas mais distantes. A
ideia é fazer com que tudo o que é produzido chegue até ao consumidor final”,
disse Rafael Dzimba, Gestor da GAIN.
Dados do Ministério da
Agricultura e Desenvolvimento Rural apontam que, só nos últimos cinco anos,
mais de três milhões de pessoas foram abrangidas pelos programas de assistência
alimentar directa, na sequência dos desastres naturais e do terrorismo.
A solução, segundo Celso
Correia, passa pela criação de políticas que se adeqúem à realidade nacional. “Hoje, o grande desafio do país e do globo é
encontrar soluções para sistemas alimentares, num contexto que não dá sinais de
que vai mudar. As crises poderão aumentar e aqui, com maior incidência para as
crises climáticas. Então o país deve-se preparar e olhar para a sua experiência
dos últimos cinco anos. As nações devem encontrar soluções realísticas. Se não
fizermos isso, corremos o risco de continuar a ter crianças desnutridas, com
problemas cognitivos”, disse o governante.
Por seu turno, o sector privado entende que se deve investir em recursos para aumentar a disponibilidade de alimentos e fortificá-los. “Essa situação eleva a nossa responsabilidade, como sector privado, enquanto actores decisivos da nossa economia e desafia-nos, no sentido de investir mais recursos para aumentar a disponibilidade de alimentos assim como o seu processamento com base nos mecanismo e fortificação que os tornam mais seguros para o combate dos focos de desnutrição crónica”, explicou Agostinho Vuma, Presidente da Confederação das Associações Económicas. (Fonte: O País)
Comentários
Enviar um comentário