O ESTADO DA NAÇÃO É DE RESPOSTA INOVADORA E DE RENOVADA ESPERANÇA

 

Entre as adversidades que o país enfrentou este ano, o Chefe do Estado apontou a pandemia da Covid-19, o terrorismo em Cabo Delgado, os ataques armados nas províncias de Manica e Sofala e a gestão dos ciclones Idai e Kenneth.
Apesar disso, segundo Filipe Nyusi, o país apresentou uma resposta inovadora e que “renova a esperança”, referindo que seria uma traição para os moçambicanos afirmar que o estado da nação é bom.
Falando na Assembleia da República, Filipe Nyusi afirmou que, apesar das adversidades, o país não perdeu o seu foco que é desenvolver e continuar a criar condições para o bem-estar da população.
Especificamente sobre o terrorismo, o Chefe do Estado explicou que as manifestações radicais de grupos que se intitulam islâmicos iniciaram em 2012 e o Governo conseguiu conter as acções até 2017 nos distritos de Mocímboa de Praia, Palma, Quissanga e Nangade. Tais acções, disse, eram promovidas por um cidadão de nacionalidade tanzaniana.
Nessa altura, em 2012, tal cidadão incitava à desobediência à Constituição da República, proibição da frequência de crianças a escolas e obrigatoriedade de frequência às madrassas, enquanto recrutava jovens e crianças e permitia o acesso à mesquitas com sapatos, calções e objectos contundentes.
Explicou que, dos terroristas capturados ou mortos em combate, contam-se tanzanianos, congoleses, ugandeses, somalis, quenianos, entre outras origens, incluindo jovens moçambicanos recrutados nas províncias de Cabo Delgado, Nampula, Zambézia e Niassa, com realce para a zona do litoral.
Disse que, actualmente, as fontes de financiamento ao terrorismo são a “pilhagem de produtos das populações, transferências monetárias por colaboradores via electrónica e rendimentos do crime organizado”.
O Chefe do Estado pediu unidade para se fazer frente aos terroristas. “O Governo assume o compromisso de intensificar a formação das Forças de Defesa e Segurança e seu reequipamento em todas as especialidades.
Filipe Nyusi garantiu que o país está, igualmente, a intensificar a cooperação internacional para combater o terrorismo, mas sempre preservando os interesses nacionais. “Isto é fundamental. Nós, os moçambicanos, precisamos de desenvolver as nossas próprias habilidades. Seremos nós na primeira linha da defesa da pátria. Ninguém fará por nós”, disse.
Acrescentou que o Governo tem estado a falar publicamente sobre as estratégias que o país deve adoptar.
“Há muitos países interessados em ajudar. Entre europeus, asiáticos, americanos e africanos, incluindo da SADC. Precisamos saber como é que gerimos esses apoios, sob o risco de amanhã criarmos uma salada de intervenções. Alguns apoios estão a acontecer de forma discreta no sentido táctico e estratégia militar”, disse Filipe Nyusi, que fez uma radiografia exaustiva sobre a situação política, económica e social de Moçambique, numa intervenção que durou três horas.

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