EDM vai duplicar acesso à energia nos próximos quatro anos

 

A EMPRESA Electricidade de Moçambique (EDM) deverá duplicar o actual acesso à energia eléctrica da rede nacional nos próximos quatro anos, ao sair de 34 para cerca de 64 por cento de cobertura.
Mais dois milhões de novas ligações serão feitas até lá e que vão beneficiar a pouco mais de 10 milhões de pessoas, aproximadamente um terço da população moçambicana. A cifra vai-se acrescer aos já dois milhões de clientes da EDM que beneficiam de electricidade em todo o país.
Para o efeito, a empresa pública vai garantir, pelo menos, uma média de 300 mil ligações por ano, conforme garantiu semana findao Administrador Executivo para o Pelouro de Distribuição e Comercial, Francisco Inroga.
“Vamos ter campanhas massivas de electrificação, com a execução de redes eléctricas. Nós vamos ao encontro do cliente para dar energia”, disse, em declarações à imprensa à margem da cerimónia de inauguração de rede eléctrica no posto administrativo de Alto Ligonha, na Zambézia, na qual o Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou a eliminação, em todo o país, da taxa cobrada para novas ligações de energia.
O responsável acredita que a iniciativa do Chefe do Estado vai permitir materializar a meta traçada em termos de novas ligações e, consequentemente, do aumento da taxa de electrificação.
Os novos clientes da EDM pagavam 3.500,00meticais para ter acesso à electricidade.
“Isso era um constrangimento na questão de expansão e acesso àenergia eléctrica, daí que o governo decidiu isentar esse custo com o apoio dos parceiros que vão dar suporte a todo esse processo. Para todos os clientes domésticos, o custo do contrato será gratuito. Muitos deles, a EDM irá ao encontro. Vamos por zonas fazer as redes eléctricas, fazer a baixada e instalar o contador a custo zero”, explicou Inroga.
A fonte garantiu que a EDM está preparada para atender aos novos pedidos de ligações, tal como o está para ir ao encontro dos clientes.
“Claro que, primeiro, precisamos fazer as redes nalguns locais. Mas, naqueles locais onde já existem redes, nós vamos fazer as ligações a custo zero”, frisou.
O projecto de elevar o acesso a energia eléctrica de 34 para 64 por cento até 2024 enquadra-se num programa governamental que visa assegurar a cobertura universal de electricidade até 2030 em Moçambique.
De acordo com Inroga, tal programa de acesso universal tem duas componentes, uma das quais envolve o Fundo Nacional de Energia (FUNAE).
“Uma chama-se ongride, que é através da Rede Eléctrica Nacional. O outro é offgride, implementado através de painéis solares e sistemas isolados. O FUNAE desempenha um grande papel porque nas zonas ainda sem rede eléctrica serão instalados sistemas solares com energias renováveis onde também estarão ligados os clientes”, explicou.
Inroga afirmou que assegurar uma cobertura universal até 2030 não é uma utopia. 'Isto é praticável e é possível. Com a execução das redes eléctricas e com a Rede Eléctrica Nacional a chegar a todos os pontos do país, é possível electrificarmos e termos energia para todos”.
O programa vai contar com o apoio de diversos parceiros, incluindo o Banco Mundial e a União Europeia.
(AIM)

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