Moçambique e Comores criam equipas de trabalho

 

Os governos de Moçambique e da União das Comores deverão criar, nos próximos tempos, equipas de trabalho para estabelecer os princípios de uma cooperação bilateral nas áreas económica, social e de defesa e segurança.
A decisão foi tomada ontem, em Maputo, durante o encontro que o Presidente da República, Filipe Nyusi, manteve com o seu homólogo das Comores, Azali Assoumani Boina Heri, no quadro da visita de um dia que este efectuou ao país.
Mesmo sem precisar datas, Filipe Nyusi afirmou que os grupos de trabalho deverão acertar os aspectos para desenvolver relações de cooperação nos sectores da agricultura, turismo, pesca, transporte, educação, saúde, cultura e no sector de defesa e segurança.
“Durante o encontro estivemos a conversar sobre a necessidade de aperfeiçoarmos a nossa cooperação. Mas, basicamente, o nosso visitante veio ao país para saber como é que estamos a lidar com a questão da Covid-19 e o terrorismo em cabo Delgado”, disse o Chefe do Estado, na conferência de imprensa conjunta com o Presidente da União das Comores.
Filipe Nyusi destacou a pertinência de se estabelecer a cooperação bilateral por os dois países “serem irmãos” e ambos terem alcançado a independência em 1975, por isso partilharem uma história e hábitos comuns.
Por sua vez, Azali Assoumani Boina Heri afirmou que as Comores e Moçambique já cooperam a nível da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da União Africana, mas há necessidade de estabelecerem uma cooperação bilateral.
“Somos países vizinhos, temos uma forte comunidade das Comores em Pemba e a nossa ideia é criar condições para que possamos nos relacionar como dois países verdadeiramente irmão”, disse o Presidente das Comores.
Afirmou que a ideia da vinda a Moçambique foi repentina, mas a calorosa recepção que teve em Maputo lhe transmitiu a mensagem da forma como é bem-vindo.
Especificamente, sobre a área de defesa e segurança, a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, recebeu recentemente o seu homólogo das Comores, Dhoihir
Dhoulkamal, que afirmou que o seu país pretende apoiar Moçambique, através de serviços de inteligência, uma vez que nas questões de segurança de um determinado país esta área se reveste de grande importância.
“Como sabem, nas questões de segurança, os serviços de inteligência são muito importantes.
Também porque somos membros da SADC, que está a apoiar Moçambique no combate ao terrorismo. Daremos a nossa contribuição no contexto da SADC, mas ficou por se determinar claramente qual seriaa contribuição”, assegurou.
Dhoulkamal afirmou que o facto de as Comores serem o único país na região austral próximo dos países árabes com muita experiência na área do terrorismo pode trazer alguma contribuição.

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