Governo prevê atingir um 2 biliões de USD com a expansão do cultivo de oleaginosas

O Governo vai usar a vasta rede de produtores nacionais para expandir o cultivo de oleaginosas e seus derivados, com vista a gerar um volume de negócio anual de até dois biliões de dólares norte-americanos, nos próximos três anos.

Em Moçambique, o mercado de óleo alimentar e seus derivados é de cerca de 500 milhões de dólares, sendo que a respectiva cadeia de valor representa actualmente um volume de negócio anual de cerca de 900 milhões.

A produção de oleaginosas é feita com o uso mínimo de tecnologias de produção, envolvendo cerca de 750 mil famílias.

Actualmente, o país produz cerca de 400 mil toneladas de oleaginosas diversas, com destaque para o gergelim, amendoim, soja, algodão, copra e girassol.

Na campanha de 2021, a produção de oleaginosas registou um crescimento de 26 por cento, com o girassol, algodão, soja e gergelim a ocuparem lugares de destaque.

Ainda assim, o país importa anualmente cerca de 250 milhões de dólares em óleos alimentares e seus derivados, cifra que representa cerca de 25 por cento das importações agrícolas nacionais.

Ontem, 28 de Fevereiro, o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER) e a petrolífera italiana ENI assinaram, em Maputo, um acordo de parceria que visa, essencialmente, desenvolver iniciativas conjuntas para a produção agrícola no país.

Falando na ocasião, o Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, referiu que os países vizinhos importam anualmente cerca de 1.5 biliões de dólares em óleos alimentares e seus derivados, o que representa uma oportunidade de mercado à porta de Moçambique.

“O fomento e produção de oleaginosas em Moçambique constitui-se como a alternativa para a reversão da balança comercial agrícola e de divisas por substituição de importação de óleo vegetal e seus derivados”, disse Celso Correia.

Afirmou que os subprodutos da indústria do óleo, bagaço, em particular, é crucial para o desenvolvimento e crescimento do sector pecuário”.

Acrescentou que a produção nacional de oleaginosas tem o potencial de sustentar cerca de 15 milhões de moçambicanos, através da integração de três milhões de agregados familiares nas cadeias produtivas.

Daí que a transformação deste sector em Moçambique carece de investimentos mínimos em sementes de qualidade e outros insumos de produção, serviços de extensão com assistência integral às famílias e garantia de mercado.

Por seu turno, o director-geral da ENI, Giorgio Vicini, disse que, com base no acordo, as duas partes vão identificar potenciais locais e culturas apropriadas para a produção de oleaginosas e óleos vegetais, com foco para as áreas consideradas não competitivas para produzir alimentos.

 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

OJM no Distrito kaMpfumu organiza brigadas de assistência aos conselhos de círculo

Vereador no Distrito Municipal KaMavota, escala o Bairro Hulene "A"

Filipe Nyusi inaugura Clínica Marcelino dos Santos