Governo assume necessidade de investir em prol dos jovens
O Governo pretende investir mais nas políticas que vão ao encontro das expectativas dos jovens, considerando que estes constituem a maioria na estrutura etária da população moçambicana.
Neste sentido, a aposta será naquelas acções que poderão gerar efeitos positivos no crescimento económico e bem-estar, processo também denominado de dividendo demográfico.
O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, explicou que é tendo em conta este facto que se vem desenvolvendo políticas e programas com vista a capitalizar o crescimento populacional que para o Governo constitui um valioso recurso para acelerar o desenvolvimento do país.
Do Rosário, que falava ontem em Maputo, na abertura Conferência de Alto Nível de Reflexão sobre a Política Nacional da População, advertiu que não se deve perder de vista que o rápido crescimento populacional, constituído por indivíduos maioritariamente jovens, pode constituir barreira como também servir de catalisador do desenvolvimento económico do país.
O governante afirmou que um dos grandes desafios que o Executivo tem é buscar soluções e criar mecanismos que permitam responder aos constrangimentos sociais e económicos que podem advir de um rápido crescimento populacional.
A Política Nacional da População foi adoptada em 1999 e volvidos estes anos de implementação, o país regista, segundo o PM, progressos assinaláveis que contribuem para a melhoria das condições de vida da população.
Citou exemplos da Saúde, em que houve redução da mortalidade infantil de 94, em 2007, para 67 por mil nascidos vivos em 2017, enquanto a taxa de analfabetismo, no mesmo período baixou de 50 para 39 por cento. No abastecimento de água potável, o país saiu de uma cobertura de 35 por cento dos agregados familiares para 49 por cento e em relação à provisão de energia eléctrica, passou de uma taxa de acesso de 10 por cento dos agregados familiares para 22 por cento.
O encontro de ontem, organizado pelo Ministério da Economia e Finanças, em parceria com as Nações Unidas, visava, entre outros objectivos, abordar as melhores formas de harmonizar as dinâmicas demográficas com os processos de crescimento económico e desenvolvimento do país.
Eduardo Celades, representante adjunto do Fundo das Nações Unidas para a População (FUNUAP), destacou que a organização global vai continuar a colaborar com o Executivo e outras partes interessadas para garantir um desenvolvimento inclusivo do país sem deixar ninguém para trás.
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