Protecção social abrange mais famílias carenciadas

 

número de agregados familiares em situação difícil, assistidos no âmbito dos esforços visando minimizar o impacto da Covid-19 e outros fenómenos sociais, tem estado a crescer de há algum tempo a esta parte.
Nos últimos nove meses foram desembolsados 130 milhões de dólares para apoiar 1.16 milhões de pessoas que caíram na situação de pobreza devido à Covid-19.
A directora-geral do Instituto Nacional de Acção Social (INAS), Glória Siaca, refere que as intervenções levaram à subida do número de beneficiários nas zonas urbanas, peri-urbanas e áreas fronteiriças, que apresentam maior incidência da pobreza.
Em entrevista ao “Notícias”, Siaca afirmou que a implementação da iniciativa está orçada em 240 milhões de dólares e estão em curso negociações para o desembolso do montante necessário para cobrir a segunda fase.
“Nós olhamos a pobreza na sua forma multidimensional e trabalhamos com dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) sobre a focalização da pobreza. A nossa intervenção concentrou-se nos centros urbanos, áreas peri-urbanas e fronteiriças, tendo em conta a dinâmica e vulnerabilidade destes locais”, afirmou.
Para garantir celeridade e transparência nos pagamentos dos subsídios iniciou-se com pagamentos electrónicos, tendo sido celebrados contratos com empresas de telefonia móvel e bancos comerciais.
“Isto, para nós, é um passo muito grande, porque não tem sido fácil alcançar os beneficiários. É preciso recordar que há especificidades a ter em conta, pois a maior parte dos beneficiários são pessoas idosas e estas modalidades exigem a memorização do PIN, daí que deve haver muita ponderação”, acrescentou Siaca.
Acrescentou que a resposta rápida exigida ao sector da acção social, nos últimos anos, levou a instituição a aperfeiçoar os mecanismos de intervenção e a estar melhor preparada para responder às emergências.
“Foi uma lição e desafio colocado à protecção social, mas ao mesmo tempo um momento de aprendizado sobre os pontos fracos e fortes. Hoje, parecendo que não, estamos muito mais preparados para responder às emergências do que quando não tínhamos um desafio igual. Nós, a cada dia vamos aperfeiçoando a resposta e estaremos melhor preparados”, afirmou.

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