Profissionais de saúde treinados em cuidados paliativos
O Hospital Central de
Maputo - HCM em colaboração com a Dor sem Fronteiras (DSF), Agência Francesa de
Desenvolvimento (AFD) e a Embaixada da França em Moçambique, promovem de 27 a
31 de Maio 2024, capacitações em matérias de dor e cuidados paliativos.
Consideram-se cuidados
paliativos, o conjunto de práticas de assistência ao paciente incurável e em
fase terminal ou estágio avançado de determinada enfermidade, fornecendo
dignidade e diminuição do sofrimento.
Este programa de
formação com a duração de cinco dias, abrange um universo de vinte e cinco (25)
profissionais de saúde dos quais destacam-se, médicos especialistas,
residentes, enfermeiros e assistentes sociais.
Ao longo deste período,
serão abordados temas relativos a dor e cuidados paliativos que incluem,
avaliação dos pacientes, tratamento, administração de medicamentos, efeitos
colaterais, abordagem psicológica, papel de um assistente social, só para citar
alguns.
De acordo com Cesaltina
Lorenzoni, Directora Científica e Pedagógica do HCM, pretende-se com a
capacitação, melhorar o conhecimento destes profissionais em relação a
abordagem da dor e cuidados paliativos de um lado, e uniformização dos
instrumentos de recolha de dados, por outro.
Com as habilidades
adquiridas, os formandos terão a responsabilidade de fazer a réplica,
transmitindo os conhecimentos assimilados para seus pares, baseados em outras
unidades sanitárias do país.
Por outro lado, Angelina
Dias, uma das formadoras, avalia de forma positiva a iniciativa e defende a
necessidade de criação de uma equipa multidisciplinar, para que haja melhor
abordagem nos cuidados paliativos.
O HCM conta desde 2007,
com um serviço de dor e cuidados paliativos que a cada a dia dedica-se a
melhoria da qualidade de vida dos doentes, apoiando-os numa perspectiva física,
psicológica e social, recorrendo sempre que se justifique, a técnicas
específicas de diagnóstico e tratamento.
A dor crónica é uma
condição que para além do sofrimento que causa, tem repercussões na saúde
física e mental, perturba e interfere na qualidade de vida da pessoa. Essas
repercussões podem ultrapassar a própria pessoa e envolver a família,
cuidadores e amigos sendo que, a sua complexidade representa muitas vezes, um
desafio terapêutico.
Neste serviço, são em média atendidos cerca de vinte pacientes por dia, número que tende a aumentar, considerando a tendência crescente do fardo das doenças crónicas.
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