CPLP quer "estratégia comum" para prevenir e combater tráfico de droga
Os procuradores e
directores de polícia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
defenderam, no dia 05 de Fevereiro de 2024, estratégias e mecanismos comuns
para a prevenir e combater o tráfico de droga, considerando-o um desafio para toda
comunidade.
"Eu achei pertinente a Procuradoria-Geral de
Moçambique ter escolhido este tema que é linear em todos os países da
comunidade. Todos nós nos debatemos com o flagelo do tráfico de droga"
e, o encontro, vai servir para a identificação de "mecanismos comuns de combate a este flagelo", disse Kelve
Nobre de Carvalho, Procurador-Geral de São Tomé e Príncipe, à margem do
encontro que se realiza em Maputo, Moçambique.
A reunião dos
Procuradores-Gerais e Girectores de Polícias e Serviços de Investigação Criminal
da CPLP decorre sobre o lema "Fortalecendo
o Judiciário no Combate à Droga" e realiza-se no âmbito do reforço da
cooperação na prevenção e combate a criminalidade organizada e transnacional,
terrorismo, tráfico de drogas, branqueamento de capitais e corrupção na
comunidade.
Para o Procurador-Geral
de São Tomé e Príncipe, do encontro na Cidade de Maputo, vão ser levadas para
casa "experiências e ensinamentos"
que vão permitir que "de forma unida"
a CPLP "combata efectivamente o
tráfico de estupefacientes".
O Primeiro-Ministro de
Moçambique, Adriano Maleiane, espera que no encontro sejam identificadas e
propostas "acções concretas"
para melhorar a troca de informações e o combate à criminalidade, considerando
que o fenómeno é "nocivo" e
coloca em causa a segurança dos países da CPLP.
"A realização deste evento gera em nós uma
enorme expectativa de ver adoptada, pelos decisores do judiciário da CPLP, uma
estratégia comum e um plano de acção exequível que vá ao encontro com o
engajamento colectivo dos nossos Estados no que concerne a prevenção e combate
à droga e outras tipologias de crimes", disse Adriano Maleiane.
A Procuradora-Geral de Moçambique alertou para uma "maior sofisticação e complexidade" do crime organizado, referindo que a situação exige a "congregação de energias, confluência de esforços e experiências uns dos outros" para fazer face aos desafios impostos.
"A compreensão profunda desta realidade
levará a que nós, Ministérios Públicos e Polícias de Investigação Criminal da
CPLP, dada a semelhança de grande parte dos nossos problemas, aprimoremos os
mecanismos de cooperação jurídica e judiciária, tornando-os mais expeditos e
eficazes", disse Beatriz Buchili.
Refira-se que, o
encontro de três (3) dias, que conta também com a participação de uma delegação
do Quénia, tem o apoio do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. (Fonte: RM-Angop)
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