Filipe Nyusi celebra hoje 65 anos
O Presidente da
República, Filipe Nyusi, celebra hoje o seu 65º Aniversário Natalício, numa altura em que se
encontra no último ano do seu segundo mandato como Chefe do Estado Moçambicano.
Num dia como hoje, 09 de
Fevereiro de 2024, em 1959, nascia Filipe Jacinto Nyusi, na província de Cabo
Delgado, em Namau, distrito de Mueda.
Filho de camponeses,
Jacinto Nyusi Chimela e Angelina Daima, aos 14 anos, em 1973, Filipe Nyusi
ingressou nas fileiras da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), tendo
feito a sua preparação político-militar no Centro de Nachingwea, na vizinha
Tanzania. De 1976 a 1980 frequentou a Escola Secundária da FRELIMO, em Mariri,
província de Cabo Delgado, onde concluiu o 1º Ciclo do Ensino Secundário.
No seguimento da sua
formação, em 1982 concluiu o 2º Ciclo na Escola Secundária Samora Machel, na
cidade da Beira, província de Sofala.
Refira-se que, o
Presidente da República é casado com Isaura Ferrão Nyusi e é pai de quatro (4)
filhos.
Na sua
profissionalização, em 1990, Nyusi frequentou o curso de Engenharia Mecânica
pela Academia Militar VAAZ de Brno na República Checa, onde lhe foi conferido o
título de Mestre em Engenharia e galardoado com menção honrosa. Em 1999 fez a
Pós-Graduação em Gestão Sénior pela Universidade Vitoria, em Manchester, no
Reino Unido.
De acordo com historial
disponibilizado pelo site da Presidência da República, em 1992 Filipe Nyusi deu
início à sua carreira profissional na Empresa Portos e Caminhos de Ferro de
Moçambique (CFM), em Nampula, onde desempenhou a função de operário e
assistente do chefe de Serviço de Oficinas Gerais até 1993.
Ao explorar a sua
versatilidade, desta vez no desporto, de 1995 a 2005 foi presidente do Clube
Ferroviário de Nampula, tendo em 2004 levado-o à conquista do título de campeão
nacional, tendo cumulativamente sido director executivo dos CFM-Norte.
Depois de estar em
muitas posições-chave nos CFM, Filipe Nyusi é nomeado ministro da Defesa
Nacional em 2008. Importa referir que também é membro da Associação dos
Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN) e do seu Comité Nacional.
O aniversariante é
membro do Comité Central, eleito pelo 10º Congresso da Frelimo, em 2012.
Já no ano de 2014 foi
eleito, na III Sessão Ordinária do Comité Central, candidato da Frelimo a
Presidente da República, ano em que concorreu e venceu as eleições
presidenciais.
INVESTIDO pela primeira
vez a 15 de Janeiro de 2015, Filipe Nyusi tornou-se o quarto presidente da
história de Moçambique independente, dando seguimento ao projecto de
desenvolvimento e combate a vários desafios que o país observa.
Em 2019 voltou a merecer
a confiança dos moçambicanos e foi eleito para o segundo mandato de governação,
mantendo-se na rota da luta pela paz, crescimento económico e devolução da
estabilidade nas zonas afectadas pelo terrorismo.
Nos nove anos de
governação Nyusi lidou em 2015 com primeira contrariedade, a ocorrência de
cheias no Centro do país, que danificaram a Bacia do Licungo e destruíram
infra-estruturas sócio-económicas estratégicas para o desenvolvimento, com
prejuízos avaliados em mais de 500 milhões de dólares.
Quase um ano depois da
posse Filipe Nyusi teve também que lidar com o bloqueio económico imposto pelos
parceiros de cooperação, sobretudo o Banco Mundial e o Fundo Monetário
Internacional (FMI), que retiraram o apoio directo ao orçamento, na sequência
da eclosão do escândalo das dívidas não declaradas. Mas, apesar disso, foi
possível trabalhar-se apenas com recursos financeiros internos. Não chegou a
faltar salários aos funcionários públicos por conta deste bloqueio. E tanto a
Administração Pública como o sector privado continuaram a operar, realizando as
actividades planificadas e reorientando os programas de acção.
Um marco da sua
governação está na sua deslocação, em Agosto de 2017, para as matas da Serra da
Gorongosa, em Sofala, a fim de manter um encontro com o líder da Renamo, Afonso
Dlhakama, no âmbito do estabelecimento da confiança entre as duas lideranças
políticas. O diálogo político viria a ser continuado por Ossufo Momade, depois
da morte de Afonso Dlhakama, vítima de doença, em Maio de 2018.
Foi novamente eleito
Presidente da República em 2019, com início do segundo mandato a 15 de Janeiro de 2020.
A Covid-19 obriga, logo
em Março, o Chefe do Estado a anunciar medidas restritivas, à semelhança das
demais nações, para assegurar o controlo da doença e evitar mortes massivas,
cenário que se prolongou por três anos.
Depois de múltiplos
choques internos e externos causados por esta doença, a economia inicia uma
rápida restauração, fruto de acções estratégicas do Governo. Assim, em 2022 é
exportado o primeiro gás natural e lançado o Pacote de Medidas de Aceleração
Económica (PAE).
Mais ainda, como resultado
do sucesso evidenciado a nível de combate aos desastres naturais, em Abril de
2022 Nyusi viria a ser eleito Campeão da União Africana para Gestão do Risco de
Desastres Naturais.
Ainda em Junho de 2022 Moçambique é eleito membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, assumindo o assento em Janeiro de 2023. O combate ao terrorismo em Cabo Delgado, que a partir de 2021 passa a contar com o apoio da Missão Militar Conjunta da SADC e do Ruanda, permite o regresso da população deslocada às suas zonas de origem. (Fonte: Notícias)
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