Presidente da República recebe enviado de Félix Tshisekedi

 

MOÇAMBIQUE e a República Democrática do Congo (RDCongo) vincaram a necessidade de continuar a trocar informações sobre o terrorismo, de forma a encontrarem melhores caminhos para lidar com este mal que afecta os dois países-membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
A intenção foi manifestada ontem, 14 de Fevereiro, em Maputo, na audiência que o Presidente da República, Filipe Nyusi, concedeu à Ministra do Estado e Negócios Estrangeiros da RDCongo, Marie Tumba Nzeza, na qualidade de enviada especial do Chefe do Estado congolês, Félix Tshisekedi.
No final do encontro, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel José Gonçalves, considerou que o terrorismo constitui um desafio para os dois países e também para toda a região do continente e o mundo.
Moçambique enfrenta desde 2017 ataques protagonizados por grupos terroristas no norte da província de Cabo Delgado, que já provocaram mais de dois mil mortos e 560 mil deslocados.
A RDCongo, especificamente na parte nordeste do país, enfrenta o mesmo problema há vários anos, apesar da presença da missão de paz da ONU, estabelecida neste país para pôr termo ao conflito que opõe as forças governamentais e os rebeldes.
Na audiência, o Presidente Nyusi pediu o apoio da RDCongo à candidatura de Moçambique como membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o período 2023 e 2024. As eleições para o preenchimento dos membros da organização mundial terão lugar este ano.
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação lembrou, na ocasião, que a candidatura moçambicana foi endossada pela SADC, União Africana (UA) e pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A audiência foi igualmente aproveitada para a troca de impressões sobre a situação da Covid-19, que constitui desafio, não só para os dois países, como também para a região e o mundo, em geral.
Por seu turno, a enviada do presidente congolês afirmou que era igualmente objectivo da sua deslocação a Maputo apresentar a preocupação do seu país, relacionada com a candidatura ao secretariado executivo da SADC.
“Falamos com o Presidente Nyusi, na sua qualidade de Presidente da SADC, sobre essa questão, porque soubemos que o Botswana também apresentou a sua candidatura para o mesmo cargo e achamos que não deveria haver duas candidaturas”, referiu Marie Nzeza.
Sobre o assunto, Manuel Gonçalves explicou que o Presidente em exercício da SADC aconselhou os seus homólogos da RDCongo e do Botswana a continuarem articulados na busca de consensos, visando facilitara eleição de um novo secretário executivo da organização regional.

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