OS líderes tradicionais são os guardiões das normas e práticas sociais, por isso devem se juntar ao Governo e organizações da sociedade civil no desenvolvimento de acções comunitárias visando o combate das uniões prematuras no país.

Este chamamento é da esposa do Presidente da República, Isaura Nyusi, que falava no dia 26 de Março, em Maputo, na abertura do Fórum Nacional dos Líderes Comunitários sobre o combate à violência sexual baseada no género e às uniões prematuras.

Considerou que este grupo pode e deve contribuir para reduzir a violência de género, uma prática nociva que mina o desenvolvimento da sociedade e da harmonia nas famílias moçambicanas.

O fórum juntou representantes provenientes de três províncias, nomeadamente Gaza, Manica e Nampula, onde está a ser implementada a iniciativa “Spot-light”, cujo objectivo é acelerar a prevenção e resposta à violência sexual baseada no género e uniões prematuras para meninas, adolescentes e mulheres jovens.

A Primeira-Dama disse na sua intervenção que a violência baseada no género e as uniões prematuras constituem um fenómeno causador da ruptura dos sonhos da vida de milhares de mulheres e raparigas.

Esta é a razão, de acordo com Isaura Nyusi, que levou o Governo a assumir o compromisso de proteger os direitos das crianças, raparigas e mulheres vítimas de violência, abuso e exploração sexual.

Destacou que, para além de estratégias, planos de acção, leis e políticas estabelecidas pelo Governo e implementadas pelo Ministério do Género, Criança e Acção Social, o país, através de vários acções, convenções, tratados e protocolos tem estado a alavancar várias frentes para o combate a estes fenómenos.

“Esta oportunidade oferece uma renovada e agradável ocasião para reafirmar os meus compromissos na luta contra a violência sexual baseada no género, a prevenção e combate às uniões prematuras, fenómeno que tem retardado o desenvolvimento do país e da sociedade no geral”, disse Isaura Nyusi.

Sublinhou que vai, juntamente com o elenco do seu gabinete, redobrar os esforços para a eliminação de todas as práticas nocivas que concorrem para o aumentodas desigualdades, injustiças e violação dos direitos humanos, em especial da mulher e da rapariga.

A directora-executiva da Gender Sustainable Development Association, Alice Banze, explicou que o fórum tem como objectivo criar uma rede de líderes tradicionais, a nível nacional, para eliminar as uniões prematuras e ampliar sua advocacia baseada em evidências para acabar com o fenómeno no país.

“Só unidos em torno da visão de uma sociedade justa, sem desigualdades e vulnerabilidades faremos de Moçambique um país onde os homens e mulheres lutam e tenham acesso e controlo sobre as oportunidades que a vida lhes oferece”, encorajou Alice Banze.

Testemunharam a realização desde evento a Secretária de Estado da cidade de Maputo, Sheila Afonso e a representante da Organização das Nações Unidas para as mulheres, Marie Laetitia.

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