“FDS vão intensificar acções contra terroristas” Filipe Jacinto Nyusi

 

As Forças de Defesa e Segurança (FDS) vão intensificar as operações de caça aos terroristas que actuam em alguns distritos da província de Cabo Delgado, onde matam cidadãos inocentes e destroem infra-estruturas públicas e privadas.
A garantia foi dada pelo Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, explicando que, para tal, o país está a buscar apoios necessários à Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e noutros parceiros e amigos, sem hipotecar a soberania nacional.
“Tudo será feito para que os próximos tempos sejam de desespero e agonia para os grupos terroristas que atacam e matam pessoas inocentes em Moçambique”, disse o Presidente da República, dirigindo-se ontem à nação, a partir da Praça dos Heróis Moçambicanos, na capital, onde depositou uma coroa de flores por ocasião do 46.º aniversário da proclamação da independência nacional.
Afirmou ser urgente estancar os focos de violência que se registam também nas províncias de Sofala e Manicapara permitir que os cidadãos possam usufruir em pleno da independência.
Na ocasião, recordou que a SADC se reuniu em sessão extraordinária na cidade de Maputo e aprovou o mandato de uma força conjunta em estado de alerta para apoiar Moçambique a combater o terrorismo na província de Cabo Delgado.
Lembrou igualmente que está em curso no país o Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos homens armados da Renamo, que considerou estar a decorrer sem sobressaltos.
Apesar disso, afirmou, preocupa a desestabilização na região centro do país, protagonizada pela autoproclamada Junta Militar da Renamo, e por isso apelou ao seu líder, Mariano Nhongo, e todos os seus seguidores para se reconciliarem com a razão e a aderirem a este processo.
Em relação aos 46 anos da proclamação da independência nacional, Filipe Nyusi disse que são várias as conquistas registadas ao longo deste período, destacando áreas como Educação, Saúde, Água e Saneamento, entre outras.
Referiu que o analfabetismo, por exemplo, passou de 93%, em 1975, para 48 por cento, em 2015, e hoje situa-se em 31 por cento. “Porque queremos erradicar o analfabetismo, desde 2020 os alunos até 9.ª classe ficaram isentos das matrículas”, acrescentou.
Segundo Nyusi, em 1975 o ensino superior no país resumia-se a apenas uma instituição, mas actualmente o país conta com 56 estabelecimentos, sendo 22 públicos e 34 privados.
Na área da Saúde, Nyusi afirmou que o país herdou do governo colonial um sistema de saúde bastante frágil, com apenas 559 unidades sanitárias para atender a cerca de 10 milhões de habitantes. “Fomos crescendo e alcançámos 1535 unidades sanitárias em 2015, e hoje o país conta com 1739 unidades sanitárias, mas porque não estamos satisfeitos lançámos a iniciativa “Um distrito, um hospital distrital”, que até 2024 vai permitir que o país tenha 1779 unidades sanitárias”, ajuntou.
Em relação ao pessoal médico, em 1975 o país tinha somente 171 médicos e actualmente conta com 2658 profissionais. Cresceu igualmente o número de enfermeiros, de 3070 em 1980 para 15.155 este ano, o que concorreu para a redução da mortalidade infantil.
No sector da Água e Saneamento, o Presidente Nyusi lembrou que em 1975 a cobertura do abastecimento era de apenas seis por cento e em 2018 já era de 55%, e o programa PRAVIDA1elevou a capacidade de fornecimento de 55% em 2018 para 64% em 2020.

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