“Parcerias podem alavancar potencial competitivo da SADC” - Filipe Nyusi
As parcerias e iniciativas empreendedoras entre homens de negócio da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) podem alavancar e modernizar o potencial competitivo da região.
Esta ideia foi defendida pelo Presidente da República e em exercício da SADC, Filipe Jacinto Nyusi, na abertura do fórum de negócios do bloco económico regional, que decorre desde ontem na capital moçambicana.
O Chefe do Estado considerou que como resultado da colaboração da classe empresarial da região o "Made in SADC’ vai emergir como um activo diferenciador na construção sólida do ‘Made in África’”, numa alusão à zona de livre comércio continental africana.
“Os homens e mulheres empresários aqui representados, para além de mostrarem a capacidade criativa do mosaico empresarial da região, reafirmam a linha de esperança e de vanguarda do inevitável progresso da SADC em toda a sua força, vitalidade, dinamismo e resiliência”, enfatizou o Presidente.
No evento, organizado com o propósito de debater o impacto socioeconómico da Covid-19 nos países da região e as estratégias de recuperação pós-pandemia, infra-estruturas e desenvolvimento de corredores regionais, o Presidente da República afirmou que o fórum dá corpo ao compromisso assumido por Moçambique, em Agosto de 2020, na recepção da presidência rotativa da organização.
Na ocasião, recordou que o fórum realiza-se num cenário de pandemia global da Covid-19, que determinou a recessão económica mundial, de que os países da região não escaparam, sendo notório o impacto negativo sobre o desempenho dos sectores orientados para os mercados de exportação.
“A situação da Covid-19 trouxe consigo consequências no contexto da região, nomeadamente a quebra das exportações e do Produto Interno Bruto (PIB).Esta situação obrigou à colocação de linhas de crédito especiais à disposição do sector empresarial dos países-membros da SADC, por via das autoridades monetárias, incluindo medidas extraordinárias sobre a gestão prudencial dos bancos comerciais”, afirmou.
Ainda de acordo com Nyusi, o volume das exportações na região passou de 15.2 por cento, em 2008, para 19.5 por cento em 2018.
Entretanto, apesar deste registo positivo, o Presidente da República notou que o mesmo continua abaixo de 20 por cento, mesmo depois da criação da zona de comércio livre, em 2008.
“Acreditamos que o fórum irá aproximar as iniciativas e projectos de investimento dos empresários da região, para além de cruzar sinergias para a viabilização de oportunidades, em função do potencial de cada Estado-membro, expondo as boas práticas da SADC e numa perspectiva do comércio intra-africano, através da zona do comércio livre continental africana”, apontou.
O evento, que hoje termina, tem igualmente como objectivo analisar a industrialização focada na melhoria da balança comercial no seio dos países da região; o papel dos sectores de energia, recursos minerais e a participação do empresariado nacional nos mega-projectos.
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