Reforçada capacidade de geração de energia

 

Novos projectos de gás e energia, com recurso às reservas de hidrocarbonetos de Temane, em Inhambane, marcamnova uma era na geração de electricidade em Moçambique, facto que vai aumentar a disponibilidade e reforçar a capacidade de fornecimento deste recurso no país e na região.
Ontem, em Maputo, foram rubricados acordos totalizando 1.770 milhões de dólares norte-americanos e que resultam da decisão final de investimento anunciada em Fevereiro deste ano pela empresa petroquímica SASOL. Os acordos vão permitir a viabilização da construção da Central Térmica de Ciclo Combinado de Temane, da linha de transporte Temane-Maputo e de uma unidade de processamento de petróleo leve e de GPL, popularmente conhecido como gás de cozinha.
Acentral térmica ea linha de transporte irão, igualmente, garantir disponibilidade energia no âmbito da iniciativa “Energia para Todos”, que visa ao acesso universal deste recurso a todos os moçambicanos até 2030.
Intervindo na cerimónia, o Presidente da República, Filipe Nyusi, afirmou tratar-se do maior empreendimento de produção de energianoperíodo pós-independência a ser construído no país equerepresenta, por isso,um marco importante na transformação de Moçambique como pólo regional de produção de energia.
“Hoje marcamos uma nova etapa no quadro desta empreitada de iluminar Moçambique. A construção de infra-estruturas de energia que contemplama geração de energia, através da Central Térmica de Temane, irá aumentar a disponibilidade e oferta de electricidade e, consequentemente, beneficiar a actividade agrícola, industrial, turística, entre outras”, disse.
Na ocasião,oChefe do Estado realçou que o objectivo final do Governo é industrializar o país e substituir as importações de gás de cozinha, reduzir o défice externo e propiciar melhor o ecossistema, através da substituição da lenha e carvão vegetal.
O projecto da Central Térmica de Temaneintegra a construção de uma linha de transmissão a 400kV,ligando Temane e Maputo, numa extensão de cerca de 650 quilómetros.
O Banco Mundial, Reino da Noruega, Banco Africano de Desenvolvimento, Banco Islâmico de Desenvolvimento, IFC e OFID ajudaram a viabilizar a iniciativa do Governo moçambicano, garantindo financiamentos que asseguram o arranque da construção das infra-estruturas no segundo semestre do corrente ano.

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