Filipe Nyusi mantém restrições e estende recolher obrigatório para todas capitais

 

O PRESIDENTE da República, Filipe Nyusi, anunciou a manutenção das medidas em vigor para a contenção da propagação da covid-19, e estendeu o recolher obrigatório para as principais capitais provinciais e na região do Grande Maputo, das 22 até 4 horas de madrugada, durante 21 dias.
"Para evitar que se repita a situação dramática que vivemos nos meses de Janeiro e Fevereiro do ano em curso, decidimos manter todas medidas de contenção da propagação da Covid-19, actualmente em vigor por mais 21 dias, com início 0 hora do dia 6 de Abril", declarou o Chefe do Estado moçambicano.
Nyusi acrescentou que "decidimos ajustar o horário do recolher obrigatório na região metropolitana do Grande Maputo, das 22 às 4 horas, para facilitar aos trabalhadores de estabelecimentos comerciais e de restauração, bem como, estudantes do pós-laboral no ensino superior, para que possam ter acesso aos transportes públicos de passageiros para chegarem às suas casas".
"Face ao aumento da taxa de positividade nas últimas semanas ao nível das províncias com destaque para Gaza, Sofala, Manica, Tete, Cabo Delgado e Niassa, o recolher obrigatório actualmente em vigor na Área Metropolitana do Grande Maputo, é estendido para todas as Cidades capitais provinciais, e vigorará no mesmo horário, isto é, entre as 22 horas e às 4 horas, durante os próximos 21 dias", sublinhou.
Justificando o alargamento do recolher obrigatório a todas as capitais provinciais, o Presidente da República explicou que a mesma decorre do facto de estar-se a observar um aumento progressivo de casos nestas regiões, contrariamente à tendência actual na região do Grande Maputo.
“Enquanto na área metropolitana do Grande Maputo observamos a diminuição de transmissão da doença, notamos, com preocupação, o seu aumento noutras províncias”, disse Filipe Nyusi.
Esta medida explica-se também pelo facto de a última vaga da doença, que teve início em Janeiro deste ano, estar ainda activa e pela necessidade de evitar a situação dramática vivida e caracterizada pelo aumento do índice de mortalidade, internamentos e de novas infecções. É igualmente justificada pela necessidade de preservar os ganhos alcançados, com a implementação das medidas que evitaram o pior.
Lembrou que a segunda estirpe foi mais intensa do que a primeira, com um registo de “cinco vezes mais casos positivos, seis vezes mais internamentos e sete vezes mais óbitos”. Este cenário, segundo explicou o presidente, ficou a dever-se à uma nova variante genética do vírus com uma maior capacidade de transmissão.
Apesar da redução, no geral, do número de casos de internamentos e óbitos durante os meses de Fevereiro e Março, o Presidente Nyusi considera que a situação epidemiológica actual é mais grave do que a registada antes do início da segunda vaga.
Referiu, por exemplo, que actualmente o número de casos da Covid-19 é 10 vezes superior ao observado na última semana de Dezembro, o que significa que é 17 por cento superior, sendo o número de óbitos duas vezes também superior.
Nyusi afirmou ainda que, para efeitos de monitoria da pandemia, o Governo definiu quatro indicadores, nomeadamente a proporção de camas ocupadas nos cuidados intensivos, a taxa de positividade das amostras testadas, o número de testes disponíveis e disponibilidade de equipamento de protecção individual.
“Neste momento, três destes quatro indicadores encontram-se no nível de alerta”, advertiu.

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