Moçambique aposta em sistema de Informação Florestal digital e georreferenciado



A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e o Banco Mundial assinaram, em Roma, um memorando de doação de 5,2 milhões de dólares para apoiar o governo moçambicano no fortalecimento e gestão sustentável do sector florestal, promover a boa governação, melhorar o sistema de concessões florestais e permitir a participação do sector privado.

O acordo faz parte do Projecto de Investimento Florestal Moçambicano recém-aprovado, forçado em 47 milhões de dólares, financiado pelo Banco Mundial que visa conter o ritmo acelerado do desflorestamento e apoiar o investimento no sector florestal, criando novas oportunidades de renda e subsistência a partir da gestão florestal sustentável para as comunidades rurais, refere um comunicado de imprensa da FAO recebido pela Agência de Informação de Moçambique.

No âmbito deste acordo, a FAO irá fornecer apoio técnico para desenvolver uma estratégia nacional de 20 anos para o sector florestal, rever os quadros institucionais para concessões florestais, com vista a garantir maior transparência, responsabilidade, equidade e sustentabilidade da produção florestal. O acordo também prevê o estabelecimento de concessões onde serão implementadas as melhores práticas.

“Esta parceria irá contribuir para uma mudança transformadora na forma como as florestas são geridas em Moçambique”, disse o vice-director-geral da FAO, Daniel Gustafson, citado no comunicado.

Pela primeira vez, será desenvolvido um Sistema de Informação Florestal digital e georreferenciado para substituir os registos em papel existentes e que irá fornecer um banco de dados confiável e verificado para apoiar políticas estratégicas e decisões de gestão.

A nota indica que os recursos florestais de Moçambique têm um potencial significativo para contribuir para a erradicação da pobreza, mas estão ameaçados pelo desflorestamento, degradação, incêndios, talha ilegal e produção descontrolada de lenha e carvão vegetal.

O director nacional de Florestas de Moçambique, Xavier Sacambuera, disse que as comunidades e o sector privado são partes interessadas na revisão do modelo de gestão florestal.

“As nossas florestas serão protegidas e salvaguardadas e, ao mesmo tempo, usadas como fonte de criação de riqueza para nossas comunidades, visando finalmente melhorar suas vidas”, afirmou.
A Frelimo e o seu candidado presidencial Filipe Nyusi, prometem incentivar o reforço da fiscalização participativa das comunidades locais, virada para a prevenção, detecção e repreensão das actividades ilegais e prejudiciais às florestas e fauna.

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