Mais instituições passam a produzir estatísticas oficiais
A produção de informação estatística oficial no país passa a estar descentralizada, com a aprovação, pelo Governo, de novas instituições com competência para o efeito. Trata-se do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, ao qual foi delegada a competência para produzir informação sobre censos relacionados com a mineração, a Autoridade Tributária de Moçambique (estatísticas fiscais) e o Instituto Nacional de Saúde.
Ontem, em Maputo, realizou-se a primeira sessão do Conselho Superior de Estatística, que, para além de delegar competências às novas instituições para a produção de censos em coordenação com o Instituto Nacional de Estatística (INE), apreciou o Plano Estratégico do Sistema Estatístico Nacional do Sector referente a 2020-2024.
Intervindo na ocasião, o Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, destacou a necessidade de as instituições envolvidas na produção de censos apostarem na qualidade, visto que, para além de permitirem ao Governo, sector privado, académicos, investigadores e a sociedade civil no geral acompanharem a situação socioeconómica do país, servem de base para a avaliação de Moçambique pelos parceiros internacionais.
“É por isso que, neste contexto, se revela muito importante que o sistema estatístico nacional produza informação de qualidade para responder aos vários imperativos, incluindo o aprimoramento dos mecanismos do cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e, consequentemente, do crescimento económico”, disse.
Em declarações a jornalistas, a presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE), Eliza Magaua, explicou que, ao abrigo do novo paradigma, a sua instituição terá não só a competência de continuar a produzir censos, como também de validar os dados produzidos pelos demais organismos.
“O INE irá ajudar a capacitar os restantes sectores para que, quando se produzir um indicador, seja de leitura e percepção igual para todo o utilizador interessado na matéria. Portanto, é verdade que as outras instituições passam a ter autonomia para produzir indicadores, mas os resultados terão de ser validados pelo INE entanto que órgão reitor do sistema estatístico nacional”, disse Magaua.
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