País regista 2.500 casos de fístula obstétrica por ano

 

A Esposa do Presidente da República, Isaura Ferrão Nyusi, revelou ontem que anualmente ocorrem cerca de 2.500 novos casos de fístula obstétrica em Moçambique, o que muitas vezes provoca desestabilidade nas famílias e na sociedade.
“Em consequência disso muitas mulheres são geralmente excluídas pela comunidade e/ou abandonadas pelos maridos, o que pode desencadear transtornos psicológicos como a depressão, entre outros males”, refere a esposa do Presidente da República numa mensagem emitida por ocasião do 23 de Maio, Dia Internacional pela Eliminação da Fístula Obstétrica.
A nota acrescenta ainda que, devido à pandemia da Covid-19, as mulheres enfrentam desafios no acesso aos serviços de saúde sexual e reprodutiva, o que eleva drasticamente a taxa de partos fora da maternidade e consequentemente a ocorrência da fístula obstétrica.
“Ainda em razão da pandemia, estima-se que mais raparigas e mulheres estarão expostas a situações de casamentos prematuros, violência sexual, gravidez indesejada e precoce, o que aumenta o risco dessas mulheres desenvolverem a fístula obstétrica”, sublinhou.
De acordo com Isaura Nyusi, que tem dedicado especial atenção a esta luta, a prevenção e o tratamento da fístula obstétrica contribuem para o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3, que é de melhorar a saúde materna. “Neste contexto, junto-me à toda nação moçambicana e à comunidade internacional para nos engajarmos na massificação da conscientização sobre esse mal que afecta muitas mulheres, de modo a reduzir o seu impacto no nosso país”.
A esposa do Presidente da República apela a toda a sociedade para que se comprometa através de acções concretas e estruturadas que visem uma cultura protectora e inclusiva direcionada a responder às necessidades urgentes das raparigas e das mulheres.
A fístula obstétrica é uma ruptura no canal de parto, cujas principais causas são os partos prolongados e obstruídos, que sem intervenção cesariana de emergência, as complicações daí advindas podem ser fatais, especialmente em regiões remotas do nosso país onde o acesso aos cuidados obstétricos ainda é um desafio.
As medidas de prevenção incluem a implementação de uma visão estratégica para a erradicação do casamento prematuro, o combate à gravidez precoce, a educação em saúde, o acesso atempado aos cuidados obstétricos em áreas recônditas, a capacitação de mais profissionais de saúde para prevenção, assim como a cessação de práticas tradicionais prejudiciais.

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