VERÓNICA MACAMO NAS NAÇÕES UNIDAS: Energia nuclear só para fins pacíficos
Moçambique reiterou
ontem, dia 18 de Março de 2024, em Nova Iorque, o compromisso de continuar a
colaborar com os organismos internacionais para a promoção do desarmamento
nuclear e do uso pacífico da energia nuclear, visando uma paz sustentável em
prol do desenvolvimento.
A Ministra dos Negócios
Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, que interveio na sessão informativa
ministerial do Conselho de Segurança da ONU, sobre a não proliferação de armas
nucleares, referiu ser crucial a adopção de uma abordagem equilibrada no uso desta
tecnologia, incluindo a Inteligência Artificial, que se pode traduzir na
implementação da legislação internacional pertinente e na concertação entre os
Estados.
De igual modo disse
serem prioritários investimentos em programas nucleares com fins pacíficos,
dando ênfase na transição energética e na medicina humana.
“Sugerimos, em particular, a criação de um Pacto Global, a forma de uma incubadora, através da qual
sejam partilhados o conhecimento e a tecnologia nucleares relevantes para o
progresso da humanidade, em consonância com os Objectivos de Desenvolvimento
Sustentável”, referiu.
Falando perante
representantes dos 15 membros de Conselho de Segurança (cinco permanentes e 10
não permanentes, grupo do qual Moçambique faz parte), Macamo destacou também a
necessidade do reconhecimento e valorização do trabalho da Comissão do
Desarmamento das Nações Unidas, do Comité 1540 de 2004 e da Agência
Internacional de Energia Atómica, pelos esforços em prol do desarmamento
nuclear e não proliferação para que cumpra o seu mandato com isenção e
imparcialidade.
Para a governante
moçambicana, o apoio em acções de formação e assistência técnica, pode,
igualmente, contribuir para a capacitação institucional dos países mais
vulneráveis a conflitos.
A Ministra dos Negócios Estrangeiro do Japão, Yoko Kamikawa, país que assume actualmente a presidência do Conselho de Segurança da ONU e que organizou o evento explicou que Tóquio definiu como prioridade acelerar a discussão entre os Estados nucleares e não nucleares com base nos resultados da reunião da cúpula dos sete países mais industrializados do mundo realizada no ano passado em Hiroshima (Japão), um dos locais atacados por uma bomba atómica durante a Segunda Guerra Mundial.
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